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Postado em 06 de Agosto de 2021 às 09h04

A pandemia e os reflexos positivos e negativos para o mercado imobiliário


Setor residencial cresceu, enquanto o comercial amarga grandes perdas nos últimos meses
A pandemia continua gerando reflexos em diversos setores econômicos do Brasil e não é diferente no mercado imobiliário, com fatores positivos e negativos. De modo geral, o primeiro semestre de 2021 foi bastante semelhante aos últimos seis meses do ano anterior, com a recuperação do mercado residencial e, consequentemente, do setor imobiliário, além da alta nos insumos da construção civil.
?O grande fator positivo foi a construção civil começar a desengavetar projetos, criar novos projetos nessa parte residencial, inclusive projetos populares, como o Minha Casa, Minha Vida. A taxa de juros estava bem favorável nesse primeiro semestre, o que ajudou bastante com os financiamentos, então o crédito foi muito facilitado?, destaca o presidente do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), Helmeson Machado.
Em contraponto, um dos principais pontos negativos está relacionado aos imóveis comerciais. ?Continuamos sofrendo bastante em relação a esse mercado, até porque o comércio foi muito afetado pela pandemia, os aluguéis caíram bastante em relação ao período pré-pandemia, então o mercado na parte comercial sofreu, continua sofrendo e a tendência é que sofra, também, neste segundo semestre?, adianta.
De olho no futuro, o presidente do Secovi Sul/SC afirma que, além da alta dos insumos, outros fatores serão sinônimo de dificuldade para o setor, como a elevação da taxa de juros, o que deixa o valor do dinheiro mais elevado. Para o mercado imobiliário, isso significa que ficará mais caro para produzir e, ainda, para financiar, o que deve refletir em queda nas vendas de imóveis.
?A nossa expectativa para o segundo semestre é que as políticas públicas mudem e que essa pandemia tenha fim. Esperamos que, do fim de agosto até início de outubro, tenhamos um bom percentual de vacinados e que as políticas econômicas do Governo Federal comecem a atuar sobre a taxa de juros e o valor dos insumos. Normalizando a produção de insumos, os valores tendem a cair e começamos a normalizar, tanto a produção, como as vendas. Então, para a segunda metade do segundo semestre, nossa expectativa é boa, até para que o nosso 2022 seja mais promissor e produtivo?, pontua.
IGPM nas alturas
O Índice Geral de Preços do Mercado, mais conhecido como IGPM, funciona, basicamente, como um indicador das oscilações de preços no mercado. Ele está bastante atrelado à inflação dos alimentos, que subiram de forma exponencial durante a pandemia, ou seja, o IGPM também está em alta.
Mas o que isso tem a ver com o mercado imobiliário? O IGPM é o índice oficial de correção dos aluguéis, sejam residenciais ou comerciais, por isso não é bom que ele esteja tão alto, pois pode afetar quem reside ou trabalha em imóvel alugado.
?É um momento que exige bastante tato das empresas que trabalham com administração de imóveis, nas negociações, tentando colocar bom senso, principalmente, na cabeça dos proprietários para que não apliquem esse valor total de reajuste, até sob pena de perder os inquilinos. Por enquanto, estamos conseguindo um bom resultado, as administradoras estão conduzindo bem essas negociações e estão obtendo bons resultados, fazendo as locações permanecerem ativas?, conclui Machado.
Nazario & Bortot Comunicação
Assessoria de Imprensa | Secovi Sul/SC
Texto: Vanessa Amando | NBCom
Foto: Divulgação/Arquivo

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